PREPARAÇÃO MENTAL
Por ADRIANA LACERDA – CRP/05 26267
Nos últimos anos potências mundiais do cenário esportivo entre modalidades como vôlei, futebol, basquete, tênis e outras têm recorrido à preparação mental tendo em vista o reconhecimento de sua importância.
Assim como o judô pode ser considerado como uma filosofia cultivadora do sentido e do estado de equilíbrio, a psicologia pretende cercear todos os aspectos relativos à vida esportiva do atleta pertinentes ao seu estado emocional também em prol de um equilíbrio.
A demanda cada vez maior do ambiente competitivo em alcançar metas e superar performances torna a inserção do psicólogo desportivo nesta área indiscutível. Percebe-se, atualmente, que a preparação psicológica do atleta adquire importância tanto quanto a preparação física, técnica e/ou tática. Muitas vezes, o estado emocional torna-se o diferencial na obtenção do desempenho esperado.
Tal exigência, presente no esporte individual ou coletivo, principalmente o de alto rendimento, implica numa tentativa de controle das variáveis que interferem no desempenho esportivo. Sejam elas físicas, sociais, ambientais, técnicas ou psicológicas. O profissional necessita de um conhecimento profundo relacionado às questões presentes no universo do atleta este também deve ser baseado nas Ciências do Esporte e do Exercício. Este corpo de conhecimento deve ter um caráter integral já que, o esporte e as ações esportivas possuem regras próprias, estruturas e princípios específicos.
No judô, por ser um esporte de luta individual, a ênfase intervencional é dirigida para os fatores psíquicos determinantes do rendimento como ativação, ansiedade, estresse e agressividade que são trabalhados a fim de se atingir o nível máximo de rendimento de cada atleta da equipe. A metodologia tem como base a aplicação de conceitos encontrados na teoria cognitivo-comportamental e também o desenvolvimento das habilidades psicológicas específicas como: regulação da ativação, mentalização (preparação mental), auto-controle e auto-confiança, motivação e compromisso (estabelecimento de metas) e atenção e concentração (diálogo interno, planos mentais). O judô exige esse equilíbrio mental principalmente na participação em situações competitivas. Nos casos de repescagem, por exemplo, o atleta pode se beneficiar de seus recursos internos e, utilizando suas habilidades desenvolvidas, pode facilitar o processo motivacional neste momento tão adverso. O importante é gerar uma modificação no comportamento a partir da reestruturação cognitiva visando a otimização de rendimento.